Vamos começar pelo nome: esqueça o termo “chip da beleza”. Primeiro porque não se trata de um chip, mas sim de implantes, que são tubos de material inorgânico utilizados como uma via de administração de medicamento. Depois porque a informação de que esse implante está relacionado à beleza não tem qualquer apoio da medicina ou de estudos clínicos.
De onde surgiu o termo “chip da beleza”?
Surgiu com o uso da gestrinona, medicamento muito usado no tratamento de endometriose e que apresenta como efeito secundário uma ação androgênica, ou seja, aumenta os níveis de testosterona no organismo.
Observou-se então que o implante de gestrinona pode auxiliar a mulher a ter seu metabolismo acelerado e a melhorar seu perfil de musculatura e massa magra. Associada a exercícios físicos e dieta correta, a gestrinona permite uma melhor definição do corpo, perda de peso e diminuição da celulite. Ainda, o “chip da beleza” melhora a disposição e aumenta a libido.
Com esses benefícios, por que não podemos falar em “chip da beleza”?
Porque assim como qualquer implante hormonal, o “chip da beleza” também pode apresentar efeitos colaterais negativos. No caso da gestrinona, podemos citar maior oleosidade e queda de cabelo (calvície), acne, aumento de retenção hídrica (inchaço), sangramento irregular, entre outros.
Assim, a gestrinona deve ser utilizada apenas para cumprir seu papel primário, que é o de tratar doenças como endometriose, adenomiose, miomatose (miomas), tensão pré-menstrual (TPM), reposição hormonal da menopausa, ou mesmo como método anticoncepcional.
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Um beijo,
Dr. Rodrigo