“Doutor, se eu tomar esse anticoncepcional não vou engravidar, certo?”
Tenho certeza que você tem essa mesma dúvida e a resposta não é simples. O motivo? Nenhum método contraceptivo é 100% eficaz.
Quando, durante a consulta, oferecemos à paciente um método contraceptivo, seja ele o DIU (dispositivo intrauterino), um anticoncepcional, a injeção ou qualquer outro, trabalhamos com taxas de eficácia muito similares. Todos são boas opções, desde que usados corretamente.
Embora nenhum, como já apontei, seja 100% infalível, todos apresentam uma boa segurança quando usados do modo como o médico orientou. Sim, estou repetindo essa informação pois ela é essencial ao falarmos sobre a eficácia de um método contraceptivo.
“Então é melhor fazer uma laqueadura”
Não é bem assim, como qualquer outro método contraceptivo, a laqueadura também é falível. Mesmo com uma taxa de falha menor, ela também não é 100% eficaz. Aliás, possui a mesma taxa de eficácia do DIU, sabia?
Sem mencionar que a cirurgia não é a melhor opção para mulheres que não querem filhos neste momento, mas desejam ser mães no futuro.
DIU, pílula, injeção ou implante?
Tanto o implante anticoncepcional quanto o DIU hormonal possuem taxas mais altas de eficácia contra uma gestação indesejada, mas, de novo: todos funcionam bem.
E, importante: não há a necessidade de usar mais do que um método contraceptivo para “dobrar” a eficácia. Inclusive, dependendo da combinação, isso nem pode ser feito. O que você pode fazer é associar a camisinha com algum outro método, o que traz a vantagem de protegê-la também contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).